Hoje falei com a minha melhor amiga ao telefone.
Tantas coisas passaram pela minha cabeça depois desse telefonema.
Eu sinto muito, muito a falta da Cássia.
Desde que cada uma foi pra uma escola, as coisas mudaram muito, para ambas. Mas nada mudou o que sentimos uma pela outra até hoje. É, realmente, algo inexplicável!
Nos conhecemos na quinta série, 11 anos de idade. Duas criancinhas. Quando ela chegou onde eu estudava eu a odiava! Ela era aquela nojentinha que responde todas as perguntas dos professores, sabe? O cabelo dela era cheio de prisilinhas coloridas, os cadernos cheios de adesivinhos do Pooh e ela chorava por tudo! Não encostava no corrimão da escola, andava na ponta dos pés e era gordinha, parecia uma bolinha correndo!
Tenho certeza que as coisas foram difíceis pra ela ali, naquela escola. Até que um dia, todos resolveram dar um gelo na coitada por ela ser tão diferente dos outros, e eu não topei. Foi aí que a nossa amizade começou.
O que a gente passou foi inexplicável! As aulas cabuladas pra brincar de barbie ou ir na biblioteca ver os meninos, a declaração de amor que ela me fez na montanha russa um dia. Tudo que eu passei do lado dela faz parte do que eu sou hoje. É por isso que eu sinto tanta falta de não ter ela sentada ao meu lado na escola, todos os dias, me passando as respotas das lições, tirando sarro da cara dos outros, xingando os professores, ou até mesmo só olhando pra minha cara...
É por isso que eu pensei tanto nela hoje! Porque, mesmo longe, ela nunca saiu da minha vida. É ela que me liga sempre, que vem aqui em casa me ver, que passa horas conversando comigo sobre tudo o que acontece enquanto a gente tá longe. É ela a tradução do que é amizade pra mim!
É isso.
Seis anos é pouco perto da nossa vida juntas, amiga!
E se hoje eu sei o que é ter um amigo de verdade, eu devo isso à você.
Eu te amo, melamô! ♥
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